Olho ao redor. O mundo não é nada mais do que uma vasta imensidão negra.
Desprovida de cores. Ou será que sou eu a única cega?
Negada do amor materno, invisível do carinho paternal. O que restou de mim?
Apenas pedaços. Que nunca se encaixaram e que nunca vão se encaixar.
A morte talvez será um alivio. Mas o quão longe ela esta? Parece tão distante...
A dor se aprofunda, as palavras proferidas ferem, mas o olhar de decepção mata.
E a única coisa a qual consigo me perguntar é por que eu?
Minha mente gira sem resposta, sem razão, sem motivo.
É complicado ser um erro do passado, e uma inutilidade futura.
Como será viver assim pelo que ainda me resta? A morte não seria, então, a escolha menos dolorosa e mais sábia?
Procuro aconchego, um lugar para descansar. Meu mundo não para em paz. Vive em guerra.
Quando alguma parte dele erguerá a bandeira branca? Só observo enquanto minha destruição eminente se aproxima.
Dedico: Apenas à alguém que um dia desistiu de mim.
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