Me acostumei com a velha mania de dizer que estou bem quando não estou. Já não é surpresa eu lhe dar um sorriso enquanto meu coração doí tanto. Eu tenho medo de chorar e alguém perceber. Não porque as lágrimas me tornam fraca. É porque eu tenho receio que descubram exatamente o modo que eu me sinto, que eu então me torne vulnerável, frágil.
Nunca ninguém vai me ver ajoelhar e implorar por um amor, mesmo que eu necessite muito dele. E se alguém um dia resolver que é hora de terminar eu não perguntarei o porque. Eu apenas concordarei e assim ficaremos. Orgulho? Um pouco. Mais na maior parte do tempo, é medo. Medo que consome e por tantas vezes por mim vivido. Porque quando eu olho no espelho, eu vejo, sei, eu sinto que eu não posso implorar. Não é não. Isso basta. Eu me conformo.
Assim eu dou cada passo, sem temer o desconhecido caminho, mas sim as pessoas tão complicadas que eu encontro por ele. Algumas ficam comigo para sempre, ate que eu as conheça o suficiente para saber que eu não tenho nada a esconder
Outras, a cada minuto eu me afasto mais, porque eu sei que não vale a pena permanecer.
Vivo assim e ninguém, por mais que tente, nunca vai me mudar. Por que essa sou eu.
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